Os conflitos e o terrorismo ocupam praticamente todo o espaço que a mídia dedica ao mundo árabe. É quase fácil esquecer que lá existem pessoas como nós, que vivem seus cotidianos de alegria e tristeza, e travam as mesmas lutas que travamos por aqui. Por isso, pode ser fácil se surpreender com a notícia de que existe uma organização não-governamental libanesa empenhada em reconhecer os direitos dos homossexuais e levar essa batalha a todos os países árabes. A Helem luta para mudar legislações preconceituosas e criar uma nova mentalidade entre governantes e cidadãos do mundo árabe. Sua própria existência já é um sopro de liberdade. Georges Azzi, coordenador nacional da ONG, é quem nos conta essa história e todos os seus pormenores. E avisa que a realidade árabe é muito diferente daquilo que aparece na mídia: “há condições para expandir esse sopro de liberdade”.