Língua árabe é "pilar da diversidade cultural da humanidade", diz UNESCO em dia mundial

Qui, 21/12/2017 - 01:34
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Em pronunciamento para o Dia Mundial da Língua Árabe, lembrado em 18 de dezembro, a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, destacou que o idioma permite ‘o acesso a uma incrível variedade de identidades e crenças’. Agência da ONU defendeu que o árabe deve ser ‘um instrumento para a dignidade e a igualdade, assim como para a emancipação e a equidade entre homens e mulheres’.

Em pronunciamento para o Dia Mundial da Língua Árabe, lembrado neste 18 de dezembro, a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, defendeu que o idioma “é um pilar da diversidade cultural da humanidade”. Falado atualmente por 290 milhões de pessoas, o árabe desempenhou “um papel determinante no conhecimento em geral, promovendo a disseminação das ciências e das filosofias gregas e romanas à Europa da Renascença”, lembrou a dirigente.

A língua árabe também “propiciou o diálogo de culturas ao longo das rotas da seda, da costa da Índia ao Chifre da África”, completou a chefe da agência da ONU. Audrey acrescentou ainda que “o idioma, na diversidade de suas formas, clássica ou dialetal, da expressão oral à caligrafia poética, contribuiu com o surgimento de uma estética fascinante em áreas como arquitetura, poesia, filosofia e música”.

O organismo internacional apoia artistas, criadores, pesquisadores, jornalistas e, particularmente, as mulheres que promovem o idioma. São os casos da lendária Uum Kulthum e da contemporânea Emel Mathlouthi, cuja música “Kelmti Horra” (“Minha palavra é livre”) expressa as aspirações universais por paz e liberdade.

Para a agência da ONU, o árabe permite “o acesso a uma incrível variedade de identidades e crenças e sua história revela a riqueza de suas ligações com outras línguas”. “A UNESCO tem o objetivo de mobilizar a língua árabe como um instrumento para a dignidade e a igualdade, assim como para a emancipação e a equidade entre homens e mulheres”, concluiu Audrey.

 

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Legenda da foto: De origem palestina, Lujain nasceu e cresceu na Síria. Por causa da guerra, buscou refúgio na Malásia, onde dá aula de inglês para outros refugiados. Como fala árabe, consegue se comunicar com os pais das crianças e dar orientações sobre educação. Foto: ACNUR/Ted Adnan